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Foto do escritorSHALOM

21 JANEIRO - DIA NACIONAL DO COMBATE À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

Atualizado: 24 de jan. de 2022


No dia 21 de janeiro recordamos a violência imposta à Mãe Gilda de Ogum, em Salvador, no ano 2000 e ao mesmo tempo somos convidados a refletir sobre a INTOLERÂNCIA RELIGIOSA.




Um ponto de partida interessante é pensar sobre a origem dessa violência. Ou seja, porque as pessoas reagem agressivamente ao território sagrado do outro? A espiritualidade alheia diferente incomoda e ainda é desrespeitada, embora o Brasil seja um país laico e a liberdade religiosa esteja assegurada em nossa Constituição Federal.


Mas por que isso ocorre?

Sabemos que todos nós temos uma tendência gregária. Tendência de indivíduos da mesma espécie para se reunirem e viverem juntos compartilhando hábitos e costumes. Gregário do latim, sociável...


É uma necessidade que temos. Ao longo da trajetória humana, nós fomos nos agregando para preservar as nossas identidades, preservar nossa cultura.

É uma zona de conforto. Respeitar e admirar o que é semelhante é muito fácil, porque quando nos relacionamos com o outro, enxergamos muito de nós. É um espelho que reflete a nossa imagem. O difícil é dialogar com a alteridades. Aquele que é muito diferente de mim pode causar insegurança, pode ser assustador. Surge então um conflito enorme.

Mas entra em cena o diálogo, a compaixão, o amor e se sobrepõe a esse sentimento inicial. É o que chamamos de diálogo inter-religioso. Tem um verso do Caetano Veloso que diz: “Narciso acha feio o que não é espelho”... O Ariano Suassuna diz que “mudar o pensamento do outro é uma tentativa de colonizar o outro, uma desumanidade”... O filósofo francês Levinas diz: “ Nos olhos do nosso irmão está escrito não matarás”...


Algumas pessoas não conseguem estabelecer esse diálogo, ficam muito incomodadas com o fato de um outro indivíduo ter uma cosmovisão diferente, sentem -se ameaçadas. E alguns perdem o controle, o limite de suas atitudes e o respeito. Cometem CRIME DE INJÚRIA RELIGIOSA. Porque é um CRIME.



Gosto muito do Bom Samaritano. Aquele indivíduo que vai ao encontro de quem está necessitado, faz o que precisa fazer para o bem da pessoa, da sua comunidade, sem perguntar, sem julgar, sem segregar. Penso que esse deve ser o nosso papel na construção de uma sociedade fraterna.


Que possamos todos viver melhor a cada dia, com respeito e empatia.





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