O CRISTÃO PARALÍTICO E O MUÇULMANO CEGO: UMA FOTO REAL
Tancrède Dumas | Public domain, via Wikimedia Commons
Francisco Vêneto
Trata-se de uma imagem capturada em 1889 pelo fotógrafo Tancrède Dumas (1830-1905), nascido na Itália de pais franceses. Dumas aprendeu a fotografar em Florença e abriu seu estúdio de fotografia em Beirute no ano de 1860.
Corre pelas redes sociais a inspiradora história do cristão Samir e do muçulmano Muhammad, que teriam vivido em Damasco, na Síria otomana, durante os anos finais do século XIX.
De acordo com relatos compartilhados por dezenas de páginas e até por alguns sites de notícias como o Egypt Independent e o The News Nigeria, Samir teria sido um anão paralítico e Muhammad seria cego.
Sem a luz dos olhos de Samir, Muhammad não teria maneira de se locomover sozinho pelas labirínticas ruas da antiga Damasco, ao passo que o paralisado Samir não conseguiria chegar a lugar algum sem os pés de Muhammad. Um dependia do outro: a sua extraordinária amizade literalmente os completava.
Quando Samir morreu, Muhammad teria chorado sete dias por ter perdido a sua metade - por fim, ele próprio morreria de tristeza
Quando Samir morreu, Muhammad teria chorado sete dias por ter perdido a sua metade - por fim, ele próprio morreria de tristeza Os relatos sobre o cristão paralítico e o muçulmano cego acrescentam que os dois eram órfãos, compartilhavam a mesma habitação miserável e viviam sempre juntos. Quando Samir morreu, Muhammad teria chorado durante sete dias por ter perdido a sua metade. Por fim, ele próprio acabaria morrendo de tristeza pela morte do amigo – que era também a morte dos seus olhos. Não há fontes que documentem a veracidade dos nomes e da história pessoal desses dois homens, mas o caso é que a fotografia que os retrata é, sim, genuína.
Fonte: https://pt.aleteia.org/2021/09/09/o-cristao-paralitico-e-o-muculmano-cego-a-foto-de-uma-amizade-maior-que-a-morte/ Acesso em 21/12/2022
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